Espaço para reflexão sobre os temas socias e políticos que ferem nosso senso de justiça.
Nau dos Loucos
Pintura do mestre gótico holandês Hieronymus Bosch
Para hipnotizar
O Poder
Quais são as relações de poder que se estabelecem atualmente? Quem detém a fórmula de decidir para onde vamos? Por onde caminhamos? O que pensamos? Quem reescreve os fatos e as verdades? Quem impede a democracia tão bem explicitada na nossa Carta Magna? Quem é o juiz? Quem é o rei? Qual a guilhotina que nos aguarda? E o carrasco? Através de que capuz observamos nosso caminho para a forca? As notícias, os tablóides, as mentiras... tudo aí! Para nosso consumo e deleite! Falta sempre um anti-ácido para ajudar na digestão.... São eles, minhas senhoras e senhores, os donos da verdade (que é mentira). A imprensa! A informação pode ser a arma contra ou a nosso favor. Nos cabe consumir aquela que não dá azia. O único problema é conseguir encontrá-la.
Tema dos Trabalhadores da Saúde Mental há 20 anos...
Oração para Saúde Mental
Ó Senhores "Doutores": Olhai por nós e atendei a nossa prece! Que os trabalhadores não disputem um prato de comida com os usuários! Que todos compartilhem os mesmos espaços sem medo! Que as relações sejam baseadas em compreensão e não em limites! Que a assistência e a atenção sejam vistas como positivas! Que a medicação seja complemento e não objetivo! Que o estar junto e a escuta sejam vistos como terapêuticos! Que a solicitação seja pedido de ajuda e não dependência ou manipulação! Que a internação seja encarada como momento de sofrimento! Que o vício seja doença a ser cuidada e não malandragem! Que o quadro crônico seja dívida social de todos e não um peso! Que a Reabilitação Social seja lembrada! Que o contato e o vínculo sejam vistos como saudáveis e não como motivo de aflição e de preconceito! Que o coletivo seja de todos e não de algumas partes! Que a relação terapêutica seja um caminho e não um espaço na agenda! Que o SUS nos guie! Que a Reforma Psiquiátrica nos ilumine! Senhores, nos livre de todo procedimento discriminatório, protegei-nos das práticas manicomiais e nos auxiliem a enfrentar o retrocesso que a Globo tenta impingir sobre a Saúde Mental! Amém!
Precisa-se de loucos
Que em seus surtos de loucura tenham habilidades suficientes para agir como treinadores de um mundo melhor. Que olhem a ética, o respeito às pessoas e a responsabilidade social não apenas como princípios organizacionais, mas como verdadeiros compromissos com o Universo.
Precisa-se de loucos de paixão. Não só pelo trabalho, mas principalmente por gente, que vejam em cada ser humano o reflexo de si mesmo, trabalhando para que velhas competências dêem lugar ao brilho no olhar e a comportamentos humanizados.
Precisa-se de loucos de coragem para aplicar a diversidade em suas fileiras de trabalho, promovendo igualdade de condições sem reservas, onde as minorias possam ter seu lugar, em um ambiente de satisfação e crescimento pessoal, independente do tamanho do negócio, segmento ou origem do capital.
Precisa-se de loucos visionários que, além da prospecção de cenários futuros, possam assegurar um novo amanhã, criando estratégias de negócios que estejam intrinsecamente ligadas à felicidade das pessoas. Primeiro a gente é feliz, depois a gente faz sucesso, não se pode inverter esta ordem.
Precisa-se de loucos pelo desconhecido que caminhem na contramão da história, ouvindo menos o que os gurus têm a dizer sobre mobilidade de capitais, tecnologia ou eficiência gerencial e ouvindo mais seus próprios corações.
Precisa-se de loucos poliglotas que não falem inglês, espanhol, francês ou italiano, mas que falem a língua universal do amor, do amor que transforma, modifica e melhora. Palavras não transformam empresas e sim atitudes.
Precisa-se simplesmente de loucos de amor. De amor que transcende toda a hierarquia, que quebra paradigmas; Amor que cada ser humano deve despertar e desenvolver dentro de si e pôr a serviço da vida própria e alheia; Amor cheio de energia, amor do diálogo e da compreensão, amor partilhado e divino, do jeito que Deus gosta.As organizações precisam urgentemente de loucos, capazes de implantar novos modelos de gestão, essencialmente focados no SER, sem receios de serem chamados de insanos, que saibam que a felicidade consiste em realizar as grandes verdades e não somente em ouvi-las.
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